Por Susana Pacheco.
O meu corpo (como a alma):
Puro, robusto e ferido
Marcado mas mudado
Corpo que amo e aceito
Depois de simplesmente ter vivido.
Não mais vou olhar com pena
Para as costas que foram asas
Que seguraste e afagaste docemente
Onde outros espetaram farpas.
Não mais vou suplicar no poema
Pela cicatrização das marcas
Sou eu inteira. Nua.
Sou beijo de alfazema
Cheiro a sangue e a flores silvestres.
Sou eu, despida de culpa.
Aceito e expresso o amor,
Que, na verdade, nunca se oculta.
Susana Pacheco. 30 anos, escrevo poemas desde os 10. Formada em Comunicação e Marketing. Leitora de pessoas, livros e do cosmos. Os meus interesses incluem poesia, astrologia, tarot, música, arte em geral. Criadora da página de artes divinatórias @lumi_nars.