Saúde da Mulher #1

Por Rita Borba.

Homem ou Mulher?
A resposta a esta pergunta pode ter um grande impacto na saúde.
Embora ambos os sexos sejam semelhantes em muitos aspetos, os fatores sociais e de género podem influenciar o risco de desenvolver certas doenças, uma vez que sexo e género desempenham um papel na forma como a saúde e as doenças afetam as pessoas.
Antigamente os estudos científicos eram realizados em homens e os resultados eram aplicados às mulheres, mas com a evolução da ciência concluiu-se que existem diferenças biológicas claras. Homens e mulheres têm hormonas, órgãos e influências culturais distintas, que afetam a saúde. As mulheres vivenciam condições, problemas de saúde e doenças exclusivas do seu género, desde gravidez e menopausa até doenças ginecológicas que também afetam a resposta aos medicamentos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde:

  • A expectativa de vida global é de 74,2 anos para as mulheres e 69,8 anos para os homens. No entanto, a morbidade é maior nas mulheres, que recorrem mais aos serviços de saúde do que os homens, especialmente os serviços de saúde sexual e reprodutiva.
  • As doenças cardiovasculares são as que causam o maior número de mortes entre as mulheres. Os cancros do colo do útero e de mama são os mais frequentes, sendo o carcinoma de pulmão a principal causa de morte.
  • A depressão é mais comum em mulheres (5,1%) do que em homens (3,6%).
  • 1 em cada 3 mulheres pode ser agredida física e sexualmente em algum momento da sua vida.
  • Mulheres e meninas de populações deslocadas à força ou que vivem em zonas de conflito são as mais afetadas no acesso a cuidados de saúde.
  • A cada dia, cerca de 830 mulheres morrem de causas evitáveis ​​relacionadas à gravidez e ao parto.
  • A maioria das pessoas infetadas pelo HIV/SIDA também são mulheres com idades entre 15 e 24.
  • 70% do pessoal de saúde social mundial é do sexo feminino. No entanto, metade da contribuição das mulheres para a saúde global não é paga.

As ameaças à saúde das mulheres geralmente podem ser prevenidas, contudo, em Portugal, segundo o Global Women’s Health Index, a percentagem de mulheres que realizam exames preventivos é baixa.
Cada mulher tem necessidades específicas diferentes, no entanto, para melhorar a qualidade de vida é importante ter em atenção as seguintes recomendações:

  • Seguir uma alimentação consciente e equilibrada
  • Praticar atividade física
  • Ter atenção à saúde mental
  • Cuidar da higiene íntima
  • Consultar o médico com frequência e realizar exames médicos de diagnóstico

Nos próximos artigos serão abordados estes e outros cuidados de saúde relacionados com o bem-estar da mulher.
Ninguém conhece o seu corpo melhor do que vocês.
A prevenção só depende de nós, cuidem-se!

Rita Borba

Farmacêutica especialista em Cosmética e a frequentar uma pós-graduação em Gestão e Marketing, tenho um fascínio pela Comunicação e a necessidade de escrever com o objetivo de contribuir para a literacia na saúde, beleza e bem-estar.

Apaixonei-me pela música ainda antes de saber ler nem escrever e em 2021 aventurei-me a soltar a voz no universo pop português!
Nos tempos livres perco-me a ouvir música e podcasts no Spotify, a fotografar e a ler sobre marketing e cosmética.
No FEMINA pretendo partilhar conteúdos despertando para a importância da saúde da mulher no empoderamento e igualdade.

Publicado

em

por

Etiquetas: